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Mapeamento ranqueia influenciadoras de moda e beleza de Imperatriz no Instagram

Por Ariel Rocha e Lorena Lacerda

Um estudo do Grupo de Pesquisa em Comunicação e Cibercultura (GCiber) mapeou o universo digital de moda e beleza no Instagram em Imperatriz e, por meio de categorias, conseguiu ranquear as digitais influencers mais importantes da cidade. A pesquisa, realizada pelas alunas do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Yanna Arrais e Cássia Castro, sob orientação da professora Thaísa Bueno, será apresentada na próxima edição do Semic (Seminário de Iniciação Científica), que acontece na universidade nos dia 9 e 10 de outubro. O estudo é financiado pelo Pibic/UFMA/CNPq por meio de bolsa de Iniciação Científica.

As pesquisadoras indicam que no Instagram, a imperatrizense Scarlatt Nascimento destaca-se na rede social como a influenciadora digital mais engajada da cidade. Para se chegar ao nome da influencer, as pesquisadoras realizaram uma sondagem inicial nos perfis de 20 influenciadoras digitais de Imperatriz, que produzem conteúdo sobre moda e beleza e, compartilham seu estilo de vida para os internautas.

Apesar de aparecer em sétimo lugar no quesito número de seguidores, de acordo com o estudo, Scarlatt apresenta em seu perfil mais interação com o público e mais convênios de publicidade. Para níveis de comparação, enquanto Scarlatt possui cerca de 64,5mil seguidores no Instagram, a influenciadora da cidade com o maior número de seguidores, Kesia Carmo, tem 122 mil – a diferença entre as duas é de mais de 57 mil.

Scarlatt: menos seguidores, mas a mais influente

Um dos apontamentos basilares desse estudo é justamente nesse sentido: “a quantidade de seguidores não necessariamente é proporcional a influência dessas profissionais na internet”, comenta Yanna.

Conforme detalham no estudo, ainda que o número de seguidores seja, sim, um fato que chama atenção e com certo nível de importância, não é o único relevante. Outros pontos diferenciais como a criação de conteúdo diário, a interação com o público naquele espaço digital e o interesse de diferentes marcas em firmar parcerias publicitárias devem ser levados em consideração. “A chegada de influenciadoras digitais em Imperatriz vem transformando não somente o mercado consumidor atual, guiando a opinião de seus seguidores a respeito de quais produtos vale a pena serem consumidos, mas também se apropriando do jornalismo sobre moda, visto que usam as redes para trazer looks do dia, tendências e sugestões, aumentando sua área de influência e atuando também em parceria com marcas”, explica Cássia.

 Quem é a influenciadora mais importante da cidade

Scarlatt Nascimento nasceu em Imperatriz. Tem 30 anos, sendo formada há oito em Farmácia e completado a graduação em Marketing há um ano, em 2018. Proveniente de uma família onde a avó era costureira, o avô alfaiate e a mãe era dona de uma loja de roupas, diz eu gosta de moda desde criança, época em que participou de desfiles e era apontada pelas pessoas nas ruas por se vestir de um jeito diferente, segundo ela, resultado de um estilo próprio.

Pesquisadoras do GCiber: Thaísa, Cássia e Yanna

Conforme contam as pesquisadoras, assim como Camila Coutinho, Scarlatt decidiu criar um blog em 2012, chamado Collegede Luxo, que trazia tendências do mundo da moda que achava pertinente para suas leitoras de Imperatriz e as adaptava com suas próprias roupas. Nas postagens, a blogueira trazia a definição de determinado estilo, com legendas divertidas e linguagens desse mundo, junto com uma comparação de como as famosas o usavam. Logo depois, ela também compartilhava a sua versão particular do estilo comentado. Scarlatt possuiu três blogs, mas conseguiu se consolidar na cidade com o College de Luxo, quando foi chamada para escrever sobre roupas de determinada loja da cidade. Neste momento interrompeu a produção no blog e passou a produzir conteúdo apenas para o Instagram.

Mais pesquisas

Este foi o primeiro estudo de moda do grupo em Imperatriz. Agora um novo plano foi aprovado e será conduzido pela discente Cássia, que na primeira pesquisa atuou como voluntária. “A meta desta vez é entender um pouco mais de como se faz e se mantém o jornalismo de moda no país, particularmente porque o assunto tem ganhado cada vez mais espaço e reconhecimento entre os amadores. Então, queremos ver como é o novo jornalismo de moda”, explica a professora.

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