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Pesquisa da UFMA analisa a atuação dos telejornais brasileiros na cobertura da pandemia da COVID-19

Estudo compara a cobertura feita pelo Jornal Nacional e Jornal da Record

Texto: Letícia Holanda

A pandemia da COVID-19 tem deixado sequelas e terá impactos significativos, ainda não totalmente dimensionado, na sociedade. Por se tratar de um momento histórico mundial, e que tem exigido uma expressiva veiculação de informações, que a professora Marcelli Alves, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM/Imperatriz) e a estudante de Iniciação Científica do curso de Jornalismo da UFMA, Janaína Oliveira decidiram desenvolver uma pesquisa que visa compreender a atuação de dois telejornais nacionais, o Jornal Nacional, da Rede Globo de televisão; e o Jornal da Record, da Rede Record, sobre a cobertura do novo coronavírus.

Professora Marcelli Alves coordena a pesquisa

Entrando para o quarto mês após a chegada da Covid-19 ao Brasil, até a primeira semana de junho, já são mais de 600 mil casos confirmados e 34 mil óbitos. Um recorde de 1473 mortes registradas em 24h, segundo as Secretarias Estaduais de Saúde e do Ministério da Saúde. É diante da imensa repercussão dos dados, que o caso tem ganhado cada vez mais espaço na grade de programação dos veículos jornalísticos.

O estudo, vinculado ao Grupo de Pesquisa em Cibercultura (GCIBER), tem a intenção de analisar, de início, o primeiro mês de cobertura da pandemia, a partir do primeiro caso diagnosticado no Brasil, registrado em 26 de fevereiro de 2020, até 30 dias após o acontecimento. Será feita uma análise comparativa do conteúdo das reportagens, o comportamento dos jornalistas e fontes do dois telejornais nacionais.

“A ideia é levantar a problemática da cobertura, investigando quem são as fontes entrevistadas, o volume de matérias por dia, o caráter das reportagens, o tempo que essas matérias ocupam nos jornais, quem são os repórteres, se eles se repetem na cobertura das matérias, se existem mudanças no comportamento dos repórteres, se eles estão de máscaras ou não, se os entrevistados estão de máscaras, o distanciamento seguro entre as fontes e os repórteres, o uso do microfone.  De modo geral, a ideia é diagnosticar as mudanças que estão surgindo e sendo adotadas nas práticas e rotinas produtivas do telejornalismo, frente a cobertura da pandemia”, ressalta a professora Marcelli Alves.

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“É muito importante compreender como o jornalismo está reagindo a esse momento histórico da pandemia”, afirma a acadêmica Janaína Oliveira

A estudante Janaína Oliveira destaca a relevância da pesquisa para comunidade acadêmica e sociedade.  “Por estarmos vivendo um momento histórico, um marco para o século XXI, documentar esses fatos é importante, e para a história é um acontecimento que afetou a sociedade e ficará marcado. Com isso, na área da comunicação não foi diferente, então documentar e entender como que o jornalismo e principalmente o telejornalismo foi afetado e atuou em relação a pandemia, é de extrema necessidade, além da pesquisa servir como um aparato para estudos futuros”, destaca.

 

Andamento da pesquisa

O estudo está no processo do mapeamento das reportagens dos dois telejornais, dentro do período estabelecido, logo em seguida serão criadas as categorias de análise do materiais e na segunda fase parte-se para análise do conteúdo propriamente dito.

Conforme contam as pesquisadoras, no primeiro momento os resultados da pesquisa serão apresentados em eventos nacionais da área da comunicação, como na Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), além de render o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Janaína. Já em outra etapa da investigação será desenvolvida após a pandemia, para compreender o antes e depois do acontecimento.

 

Para saber mais sobre as pesquisadoras, acesse o currículo lattes:

Professora Drª Marcelli Alves (http://lattes.cnpq.br/8985071802390376)

Acadêmica Janaína Oliveira (http://lattes.cnpq.br/5510150619327382)

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